10 Tipos de ataques hackers mais comuns em empresas

Os ataques hackers representam uma ameaça real e significativa à empresas de todos os tamanhos e setores. O uso indevido de informações pessoais ou a criação de histórias convincentes para enganar funcionários e consumidores podem causar sérios danos financeiros, reputacionais e operacionais irreparáveis às organizações.

Conhecer os tipos de ataques mais comuns e implementar medidas preventivas é fundamental para fortalecer a segurança dos sistemas e proteger informações sensíveis. 

No artigo de hoje, vamos explorar os 10 tipos de ataques hackers mais comuns sofridos por empresas, fornecendo insights valiosos para gestores de TI e empresários preocupados em proteger seus negócios. Acompanhe!

1) Phishing: A isca digital que engana

Através de e-mails falsos e sites fraudulentos, os cibercriminosos se passam por entidades conhecidas, induzindo os funcionários a fornecerem dados sensíveis, como senhas, dados bancários e informações pessoais.

Em 2019, o Banco do Brasil foi alvo de uma campanha de phishing direcionada a clientes do banco. Os hackers enviaram e-mails falsos informando sobre uma suposta atualização de segurança e solicitando que os clientes inserissem seus dados em um site falso. Alguns clientes acabaram fornecendo informações confidenciais, resultando em roubo de dados.

2) Ransomware: O sequestro de dados

O ransomware é um ataque que criptografa os dados da empresa, tornando-os inacessíveis, até que seja pago um resgate aos hackers. Esse tipo de ameaça tem impacto devastador, podendo paralisar completamente as operações da empresa.

A Universidade de São Paulo (USP) foi vítima de um ataque de ransomware que levou à paralisação de algumas atividades acadêmicas e administrativas em 2020 enquanto a instituição de ensino lidava com a situação.

A proteção contra ransomware envolve medidas preventivas, como backups regulares e a utilização de soluções de segurança avançadas, como firewalls e antivírus atualizados.

3) DDoS: O ataque sobrecarregante

Os ataques de negação de serviço distribuído (DDoS) visam sobrecarregar os recursos de um servidor ou rede, tornando-os inacessíveis para usuários legítimos.

A proteção contra DDoS envolve o uso de soluções de mitigação, como Web Application Firewalls (WAF) e serviços de proteção de tráfego. Se você deseja se aprofundar nesse tópico, confira aqui nosso conteúdo sobre o DDoS.

4) Injeção de SQL: Explorando vulnerabilidades

A injeção de SQL é uma técnica em que os hackers inserem código malicioso em campos de entrada de dados, explorando vulnerabilidades em sistemas e bancos de dados. Como resultado, os criminosos conseguem obter informações sensíveis ou provocar a destruição de dados.

De acordo com os especialistas da ESWEB, a prevenção de ataques de injeção de SQL envolve a validação adequada dos dados de entrada e o uso de parâmetros seguros em consultas de banco de dados.

5) Malware: A ameaça silenciosa

O malware abrange uma variedade de programas maliciosos, como vírus, cavalos de Tróia e spyware, que podem infectar sistemas e dispositivos. Esses programas podem ser usados para roubar informações, monitorar atividades dos usuários ou causar danos aos sistemas. 

Um exemplo desse tipo de ataque hacker é o caso da empresa de transporte marítimo Maersk, atingida pelo malware "NotPetya" em 2017. O malware se espalhou rapidamente pela rede da empresa, criptografando dados e paralisando operações em diversos países, resultando em perdas significativas para a organização.

6) Ataques de Força Bruta: Quebrando senhas

Os ataques de força bruta consistem em tentativas repetidas de adivinhar senhas fracas ou previsíveis, utilizando combinações de caracteres até encontrar a correta.

A proteção contra esse tipo de ataque envolve o uso de senhas fortes e a implementação de bloqueios temporários após várias tentativas mal sucedidas, como foi a reação da empresa de software Adobe ao sofrer esse tipo de ataque em 2012.

7) Ataques de Man-in-the-Middle: Interceptando comunicações

Nesse tipo de ataque, um hacker se posiciona entre o usuário e o servidor, interceptando e, possivelmente, alterando as comunicações. Conexões não seguras, como redes Wi-Fi públicas, são locais ideais para esse tipo de crime digital.

A utilização de criptografia e o uso de redes seguras, como VPN, são medidas importantes para mitigar essa ameaça.

Em fevereiro de 2022, o Submarino, uma subsidiária das Lojas Americanas, foi alvo de um ataque de Man-in-the-Middle semelhante. O ataque resultou no roubo de dados pessoais de mais de 10 milhões de clientes.


Os sites da Americanas e do Submarino enfrentaram dois dias de instabilidades. Fonte: Submarino.

8) Ataques de Spoofing: Falsificando identidades

Os ataques de spoofing envolvem a falsificação de identidades para enganar os usuários e acessar informações sensíveis. A ameaça pode ocorrer em e-mails, sites ou até mesmo na identificação de endereços IP. O uso de autenticação em dois fatores (2FA) e a implementação de sistemas de criptografia podem dificultar esse tipo de ataque.

Vale lembrar que o spoofing é uma técnica utilizada em uma campanha de phishing para que a mensagem pareça mais legítima. Por exemplo, o cibercriminoso criará um script de e-mail ou telefone que usa URLs, sites ou números de telefone falsificados para tornar o discurso mais crível.

9) Ataques de Zero-Day: A ameaça desconhecida

Os ataques de zero-day exploram vulnerabilidades desconhecidas e ainda não corrigidas nos sistemas e aplicativos. Por isso, esses ataques são especialmente difíceis de defender.

Em 2020, um ataque de Zero-Day permitiu que hackers injetassem malware no software de gerenciamento de rede da SolarWinds. O malware foi então usado para infectar redes de mais de 18.000 organizações pelo mundo, incluindo agências governamentais norte-americanas.

Segundo Brad Smith, presidente da Microsoft, e uma reportagem investigativa do The Wall Street Journal, esse ataque cibernético foi o maior e mais sofisticado visto até hoje!

Para especialistas em segurança digital, a proteção contra ataques de zero-day envolve a implementação de soluções de segurança atualizadas e a manutenção recorrente de sistemas e aplicativos usados pela empresa.

10) Ataque de Cross-Site Scripting (XSS)

O ataque de cross-site scripting (XSS) é mais um tipo de ciberataque que pode ser adicionado à lista de cibercrimes mais comuns no cenário empresarial. O invasor injeta código malicioso (geralmente scripts) em páginas da web vistas por outros usuários.

Esses scripts são executados no navegador das vítimas, permitindo que o atacante roube informações confidenciais, como cookies de autenticação, ou controle a sessão do usuário. O maior impacto recai sobre os usuários finais, prejudicando a segurança do site e dos dados manipulados por ele.
Diante de todas essas ameaças hackers, fica claro que adotar uma abordagem abrangente de cibersegurança e investir em soluções avançadas é o único caminho para que as empresas possam se defender de maneira eficaz, garantindo a continuidade dos negócios e a confiança de seus clientes.

Na ESWEB, oferecemos como serviço o Pentest, um teste de invasão que visa identificar vulnerabilidades e garantir a proteção completa contra ataques digitais. Mais um cuidado essencial para manter os dados armazenados por nossos clientes em total segurança, seja durante uma migração completa ou parcial para a cloud.

Gostou do conteúdo? Veja também em nosso blog o artigo em que explicamos o que é cloud híbrida, seus benefícios e as principais considerações que todo gestor de TI deve fazer antes de decidir por esse tipo de integração de ambientes.
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Fontes:
Security Report
Verizon
The Wall Street Journal
 

Murilo Hinz
Analista de Comunicação e Marketing

Murilo faz parte da nossa equipe de sentinelas dedicados para transformar o mundo digital.

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